terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Feijões & Problemas

Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio para colocar a sabedoria dos dois à prova. Ambos receberam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreenderem a subida de uma grande montanha. Dia e hora marcados, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista. Prova encerrada, todos voltam ao pé da montanha para ouvirem do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta ao seu oponente como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos: - Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei - foi a resposta. Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento é você quem determina... APRENDA A COZINHAR SEUS FEIJÕES!!!! Ricardo Tomaz

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mar da Vida.

Viver é nadar em mar aberto.
É estar atento a todas as possibilidades que existem a sua volta.

Aí, num mar grande, braçada a braçada você vai ajustando o curso, tentando descobrir quando é melhor insistir e quando é melhor desistir e deixar pra lá. Se deixar levar.

O mar da vida, entre batalhas ganhas e ondas perdidas, o nadador avança, recua, volta a avançar.
Se lança, às vezes, sem certeza nenhuma na correnteza do infinito.

E abrir-se à todas as possibilidades é mergulhar na beleza de estar vivo hoje.

O mais importante de tudo é você sentir o coração pulsar esteja você em situação que estiver, alegre, triste, do jeito que o seu coração mandar. Mas acredite que viver é muito bom e a gente só tem hoje pra continuar!


Ricardo Tomaz

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O que acontece no MEIO.

O que acontece no meio

Vida é o que existe entre o nascimento e a morte. O que acontece no meio é o que importa.

No meio, a gente descobre que sexo sem amor também vale a pena, mas é ginástica, não tem transcendência nenhuma. Que tudo o que faz você voltar pra casa de mãos abanando (sem uma emoção, um conhecimento, uma surpresa, uma paz, uma ideia) foi perda de tempo.

Que a primeira metade da vida é muito boa, mas da metade pro fim pode ser ainda melhor, se a gente aprendeu alguma coisa com os tropeços lá do início. Que o pensamento é uma aventura sem igual. Que é preciso abrir a nossa caixa preta de vez em quando, apesar do medo do que vamos encontrar lá dentro. Que maduro é aquele que mata no peito as vertigens e os espantos.

No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que estejam acontecendo do que com as que acontecem de fato. Que amar é lapidação, e não destruição. Que certos riscos compensam – o difícil é saber previamente quais. Que subir na vida é algo para se fazer sem pressa.

Que é preciso dar uma colher de chá para o acaso. Que tudo que é muito rápido pode ser bem frustrante. Que Veneza, Mykonos, Bali e Patagônia são lugares excitantes, mas que incrível mesmo é se sentir feliz dentro da própria casa. Que a vontade é quase sempre mais forte que a razão. Quase? Ora, é sempre mais forte.

No meio, a gente descobre que reconhecer um problema é o primeiro passo para resolvê-lo. Que é muito narcisista ficar se consumindo consigo próprio. Que todas as escolhas geram dúvida, todas. Que depois de lutar pelo direito de ser diferente, chega a bendita hora de se permitir a indiferença.

Que adultos se divertem muito mais do que os adolescentes. Que uma perda, qualquer perda, é um aperitivo da morte – mas não é a morte, que essa só acontece no fim, e ainda estamos falando do meio.

No meio, a gente descobre que precisa guardar a senha não apenas do banco e da caixa postal, mas a senha que nos revela a nós mesmos. Que passar pela vida à toa é um desperdício imperdoável. Que as mesmas coisas que nos exibem também nos escondem (escrever, por exemplo).

Que tocar na dor do outro exige delicadeza. Que ser feliz pode ser uma decisão, não apenas uma contingência. Que não é preciso se estressar tanto em busca do orgasmo, há outras coisas que também levam ao clímax: um poema, um gol, um show, um beijo,um telefonema.

No meio, a gente descobre que fazer a coisa certa é sempre um ato revolucionário. Que é mais produtivo agir do que reagir. Que a vida não oferece opção: ou você segue, ou você segue. Que a pior maneira de avaliar a si mesmo é se comparando com os demais. Que a verdadeira paz é aquela que nasce da verdade. E que harmonizar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio que leva uma vida toda, esse meio todo.


-MARTHA MEDEIROS

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um MEIO ou uma DESCULPA?

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.

Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.

Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chopp com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam Sol à beira da piscina.

A realização de um sonho depende de dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores, pois...

Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO. Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA.


Por Roberto Shinyashiki

FILHOS A MAIS LINDA MARAVILHA DO MUNDO

Poema de um vovô apaixonado.....

Há um período em que os Pais vão ficando órfãos de seus próprios Filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença a vida.
Crescem com uma estridência alegre e, as vezes,com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias,de maneira igual,crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou,cresceu crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia,as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
A criança esta crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil.
E você está agora ali,na porta da discoteca,esperando que ela não apenas cresça,mas apareça!
Ali estão muitos Pais ao volante,esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos,soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas,lá estão nossos Filhos com o uniforme de sua geração:Incomodas mochilas da moda nos ombros.
Ali estamos com os cabelos esbranquiçados.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar,apesar dos golpes dos ventos,das colheitas ,das notícias e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados,observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
Há um período em que os Pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas.
Passou o tempo de ballet,do inglês,da natação e do judô.
saíram do banco de trás e passaram para os volantes de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais a cama deles ao anoitecer para ouvirmos suas almas respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância,e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos,posters,agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter Shopping,não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas,não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam a casa de praia entre embrulhos,bolacha,engarrafamentos,natais,
páscoa,piscina e amiguinhos.
Sim,havia as brigas dentro do carro,a disputa pela janela,os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os Pais começou a ser um esforço,um sofrimento,pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os Pais ficaram exilados dos Filhos.
Tinham a solidão que sempre desejaram,mas,de repente,morriam de saudades daquelas pestes.
Chega um momento que nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora,se a gente tinha desaprendido,reaprende a rezar)para que eles acertem nas escolhas em busca de Felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar:qualquer hora podem nos dar Netos.
O Neto é a hora do carinho ocioso e estocado,não exercido nos próprios filhos e que não podem morrer conosco.
Por isso os Avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.
Os Netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais,antes que eles cresçam.

Dias.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigo, é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do CORAÇÃO!!!

Há pessoas estrelas; há pessoas cometas.
Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam. As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem.
Há muita gente cometa. Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença.
Há muita gente cometa. Assim são muitos e muitos artistas. Brilham apenas por instantes nos palcos da vida. E com a mesma rapidez com que aparecem, também desaparecem. Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos. Reis de nações, rainhas de clubes ou concurso de beleza. Assim são pessoas que vivem numa mesma família e que passam pelo outro sem serem presença.
Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida.
Amigo é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palma e desaparecem.
Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.
A solidão de muitas pessoas é conseqüência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica todos passam. E a gente também passa pelos outros.
Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor.
Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença. São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo.
Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Nem desejar-se prender-se em sua cauda. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitos amigos. Ter sido calor para muitos amigos. Ter sido calor para muitos corações.
Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas acima de tudo uma recompensa: É NASCER E TER VIVIDO E NÃO APENAS EXISTIDO.

Dedico este poema que recebi a todos meus queridos amigos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Definição definitiva.

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!"



*José Saramago*